Violência obstétrica: o que é e o que fazer?

O momento do parto é, sem dúvidas, o mais emocionante da vida da maioria das mulheres. É a hora em que a gestante irá finalmente conhecer o seu filho, depois de nove meses esperando, imaginando como ele seria, querendo segurá-lo nos braços.

Porém, para algumas gestantes, o momento do parto, ao invés de ser o mais marcante de suas vidas, se torna o mais traumático de todos. Isso graças ao que chamamos de violência obstétrica. Uma em cada quatro mães foram vítimas da violência obstétrica em todo o território nacional, e infelizmente este é um assunto muito pouco falado.

Confira a seguir mais informações sobre a violência obstétrica e como lidar com isso.

Violência obstétrica: o que é e o que fazer?

O que é?

Apesar de a palavra ser sinônimo de agressão física para a maior parte das pessoas, não é apenas no âmbito físico que ela ocorre. O Ministério da Saúde caracteriza a violência obstétrica como “agressões psicológicas, verbais, simbólicas, sexuais e físicas que podem acontecer durante a gestação, parto, nascimento, pós-parto e, até mesmo, no atendimento ao abortamento”.

Diversos tipos de negligências cometidas pela equipe de saúde, práticas discriminatórias e condutas anormais e desnecessárias também entram na lista.

Além de tudo, negar o direito concedido pela Lei nº. 8.080, que garante à mulher grávida a presença de um acompanhante durante um trabalho de parto e pós-parto imediato também é considerado uma prática violenta.

Frases como: “Na hora de fazer, não tava gritando desse jeito, né?”, “Se você continuar com essa frescura, eu não vou te atender” e “Cala a boca, se não eu vou te furar todinha” são exemplos de relatos de mulheres que sofreram violência obstétrica.

Como denunciar?

Assim como a maioria dos casos de violência contra a mulher, a maioria das mães sofrem caladas. É preciso denunciar e fazer com que o profissional seja responsabilizado pela violência que praticou, para que esse ciclo violento tenha um fim, pois é muito provável que outras mulheres passem pela mesma situação.

Portanto, denuncie qualquer tipo de violência!